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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

FALTA LUCIDEZ NESTE PAÍS


Uma grande quantidade de pessoas inconsequentes está criando um coletivo peçonhento e monstruoso, incapaz de fazer o país avançar como tentam convencer a todos os demais, por ingenuidade ou carência de caráter, mais para a segunda hipótese, por influência do caráter mais generalizado da nossa política.

Apesar de tantos, começo a me sentir carente de amigos lúcidos. Mesmo sendo virtuais apenas, gosto dos amigos que tenho, são importantes para a minha identidade. Mas tudo aponta afinal para mim mesmo: podia ter sido menos generoso e mais criterioso em aceitar novos amigos, inclusive os que nem pedi e nem pediram amizade. Tipo uma notificação assim: "Fulano, ou fulana, aceitou a sua amizade". Ora, até o caráter do Face parece duvidoso.

Preciso então pedir a meus amigos que tentem ser menos vulneráveis à manipulação de coletivos, especialmente dos que beneficiam grupos, com prejuízo do bem comum e do papel social irrecusável que eles têm, tanto quanto as instituições formais. Antes de qualquer atitude, é necessário se perguntar "quem ganha o que". Porque quem cria um coletivo o faz sempre com um objetivo visível, mas isso não inviabiliza outros que não sejam tão óbvios. Por isso me exponho nesta postagem.

Políticos não se perguntam quando se corrigirá o caráter da política, principal razão deste caos. Mídias não se perguntam com que caráter devem entrar em milhões de lares, ou induzir reações de instituições e pessoas públicas com responsabilidades equivalentes a duzentos milhões de brasileiros, a maioria pagando caro pela pouca dignidade que o Estado lhe oferece. Ninguém perece se perguntar quem é esse tal de "governo", na prática, e à luz da partilha de prerrogativas, estabelecida por essa nossa constituição pseudo-parlamentarista.

Não perdoem o PT, é justo. Eu também não o perdôo. Mas indultar toda a política restante do sofrimento que está causando, em essência, é exatamente o mesmo que representou anistiar os militares torturadores. Já nos esquecemos? Vejo civis defendendo uma intervenção militar como alternativa para o impedimento da presidenta recentemente eleita, sua chefe!

"Pôxa, falha nossa... Escrevemos que a intervenção poderia ser solicitada por qualquer dos poderes. Mas não suprimimos a parte que diz que ela é a chefe das forças armadas... É, aquele velho tem razão: criamos um piseudo-parlamentarismo"...

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